Casa Solos

Do próprio canteiro sai a terra, matéria que se transforma em paredes. Nelas, uma cobertura plana se assenta com respeito e leveza, trazendo assim como as paredes, sombra e frescor. Um ciclo fechado, circunscrito numa casa da cor do solo. Assim se resumiria, em poucas palavras, o partido do qual nasceu este projeto.

A escolha das paredes de taipa de pilão se deu por alguns motivos: além de ser um material que garante isolamento termoacústico, proporciona um ambiente saudável por ser atóxico e permite que a parede “respire”, aspecto imprescindível numa cidade quente como Ribeirão Preto, no interior paulista. De ponto de vista estrutural, a taipa sendo autoportante, dispensa a necessidade do uso de pilares.

A implantação da casa seguiu os limites do terreno de aproximadamente 3.000 m², se organizando em dois volumes térreos principais. Paralelo ao muro de divisa, os espaços íntimos, voltado para rua, os espaços sociais. Na junção do ângulo formado entre eles, criou-se um miolo de serviços em comunicação direta com a garagem através de um hall com pé direito alto e um jardim interno, tornando-se uma entrada para uso corriqueiro. Na área externa, visível a partir dos dois volumes principais, assumindo protagonismo, uma piscina de 25 metros se torna o a principal área de lazer da família. No volume social, um pé direito elevado a 4 metros de altura é protegido por painéis trançados com juta sintética, que contorna o perímetro do telhado, promovendo filtragem da luz solar e gerando texturas de cor, luz e sombra.