Casa Serpentina

Levando em consideração o relevo natural do terreno e a orientação geográfica, foram identificadas algumas oportunidades de otimização da implantação: melhor aproveitamento da luz matinal, posicionamento alinhado às curvas de níveis para menor remanejamento de terra e o aproveitamento do eixo diagonal do terreno para distribuição do programa. O nível do piso foi elevado em relação ao ponto mais baixo da topografia, possibilitando a existência de um andar inferior nos fundos do terreno. Considerando esses fatores, tomou-se como partido projetual a linha mediana de curva de nível que, através do ajuste do desenho por arcos de círculo, gerou o eixo central do projeto, dando protagonismo ao corredor de distribuição com forma de serpentina. Com a definição deste eixo central, setorizou-se o programa levando em conta suas funções.

A volumetria é distribuída em dois blocos separados, assentados nas curvaturas do eixo, procurando uma diluição da casa ao longo do terreno. O resultado final assume uma linguagem quase lúdica das formas, na procura por uma identidade única, assumindo ao mesmo tempo a otimização da implantação em relação ao terreno e sua localização. Os espaços proporcionam a praticidade de fluxo e conexões visuais, com uma distribuição confortável, que possibilita uma rotina adaptável às demandas diárias, ao mesmo tempo que proporciona momentos de deslumbre e acaso.