Apartamento CP
apartamento em São Paulo, SP
projeto: Studio Papaya
fotografia: Arthur Duarte
ano: 2020
Localizado entre o Parque Augusta e a Praça Roosevelt no centro de São Paulo, o projeto do Apartamento CP procurou criar um ambiente multiuso, que atendesse uma gama de atividades diárias do morador. Em uma área compacta de 29m², a princípio com quarto, sala e banheiro, removeu-se a parede e os caixilhos existentes, transformando os poucos metros quadrados em um único espaço. O programa foi atendido a partir dos mobiliários híbridos, que promoveram não só a multifuncionalidade, como deram uma amplitude ao apartamento, antes inimaginável.
O projeto de marcenaria, com acabamento em folha natural de freijó, detalhes em fórmica verde claro e detalhes em serralheria na cor preta, assumiu protagonismo na resolução dos espaços. Em parceria com a designer Laura Garcia, foi criada uma cama retrátil, um sofá e banquetas móveis, um rack-escrivaninha deslizante e um conjunto de mesa e cadeiras dobráveis, fabricados manualmente. Assim, um único ambiente assume função de quarto, sala de estar, sala de jantar, sala de TV, home office e até mesmo um espaço para exercícios e contemplação, bastando reorganizar o ambiente para tal. Com a intenção de dar uma personalidade para cada espaço, a demarcação entre as áreas se deu pelo desenho do piso, sendo madeira tauari para área da cama, duas cores de ladrilho hidráulico para área da cozinha e varanda, placas de granilite para o banheiro e pintura epóxi amarela no chuveiro.
Apesar das dimensões limitadas do apartamento, o projeto permite múltiplas atividades, proporcionando a otimização da planta. Essa amplitude conquistada através do foco nos mobiliários e suas funções, atendeu e expandiu as possibilidades pretendidas pelo cliente, além de propiciar uma reflexão sobre a morada em grandes centros urbanos e o papel do design nesse contexto. Com a necessidade/vontade de morar em uma área central da cidade, com alta densidade e preço elevado do metro quadrado, transformar a perspectiva do que é realmente necessário para viver foi parte essencial do processo de criação do projeto, onde o cliente foi o maior responsável por provocar e permitir o resultado.